A estudante do Curso de Química, Thamires Mêra Macedo, está participando da Inespo 2015 – International Environment Scientific Project Olympiad, entre os dias 31 de maio e 05 de junho, na cidade de Amsterdã, Holanda.
Através do Prêmio Sintec/Incubadora Liberato de Inovação Tecnológica para a Proteção do Meio Ambiente, ela apresenta o projeto “Bioestimulação para degradação acelerada de borracha”. A orientação é da profesora Karla Kereski Ruschel.
Saiba mais sobre o projeto
O trabalho apresenta como objetivo principal a bioestimulação para degradação acelerada de borracha, em escala laboratorial. Os ensaios de biodegradabilidade visam atender as necessidades de empresas que buscam desenvolver materiais e produtos que gerem menor impacto ambiental quando descartados ao meio ambiente. Os ensaios de biodegradabilidade costumam se estender de 2 a 6 meses, e os custos variam de R$ 3.500,00 a R$ 8.000,00, dependendo do tempo de duração do ensaio. Dessa forma é necessário o uso de técnicas que diminuam o tempo de biodegradação nos ensaios, para facilitar o desenvolvimento deste ensaio biotecnológico.
A bioestimulação consiste na adição de substâncias essenciais ao desenvolvimento dos microrganismos naturalmente presentes naquele ambiente. As alterações feitas no solo para estimular a atividade microbiana consistiu na adição de nutrientes, sendo esses sulfato de amônio e extrato de levedura. Primeiramente foi realizada a caracterização do solo através de ensaios de determinação de pH, teor de umidade, capacidade de campo, teor de carbono orgânico e teor de nitrogênio. Para o ensaio de biodegradação, foram utilizados seis erlenmeyers, sendo as amostras: apenas solo (branco), solo com borracha (controle negativo), solo com D-glicose (controle positivo) e solo com amostra mais as variáveis nutrientes. Foram analisadas as quantidades de CO2 liberados durante a biodegradação por titulometria, sendo o titulante HCl e o titulado Ba(OH)2, conforme a norma ASTM D5338-11. Foi feita contagem padrão de fungos e bactérias do inóculo antes do ensaio de biodegradação e após o término do ensaio. Foram realizadas análises de teor de carbono em amostra de D-glicose e de extrato de levedura.
Os resultados, até agora, mostram que a biodegradação da borracha está confirmando a hipótese, comprovando que é possível diminuir o tempo do ensaio.